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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

DORA DE OLIVEIRA

 

Belo Horizonte, Minas Gerais.
Poeta, pedagoga, publica os seus textos na Web.
Autora do livro  Voos Diversos, 2013.

 

 

 

 

MELLO, Regina.  Antologia de Ouro III. Museu Nacional da Poesia – Organização. Belo Horizonte : Arquimedes Edições, 2014.   136 p. 
15 x 21 cm.        ISBN 978-85-89667-50-0   
Ex. bibl. Antonio Miranda, exemplar enviado por Regina Mello.

 

 

 

É tão tarde

É tão tarde
Cai a tarde
A tarde cai

Cê tá tão longe
Muito longe
Tão longe
Longe

Tudo é frio
Cê é frio
Faz muito frio
Calafrios

É tão tarde,
Que tudo arde
Me invade
Esta sina covarde
De ser tão triste
Quando cai a tarde


***

 

        

Minha roupa gasta
Minha pele flácida
Qualquer coisa basta

Meu cabelo afasta
Qualquer fala drástica
Meu desejo basta

Minha boca plácida
O seu beijo mínimo
Para a lona arrasta

Ao um amor ínfimo
Que quiçá supremo
Um dia ao extremo
A mim satisfaça

 

 

*

MELLO, Regina.  Antologia de Ouro IVMuseu Nacional da Poesia / Organização Regina Mello.  Belo Horizonte,  Arquimedes Edições, 2016.   160 p.  15 x 21 cm.  ISBN 978-85-89667-56-2
Ex. bibl. Antonio Miranda, enviado pela editora.

 

 

        

Ainda há tempo!
Nem todas são flores
Ainda, árvores, pássaros e capins
Ainda casa de cupins
O jardim de longe, velho
Corações magoados, perpétuas
E outras flores de metais
O cheiro pressinto, absinto
Somente, a velar por mim
Nos dias tristes sem fim
Nos dias sem quintais
Sem paredes, nada mais
Olho para o céu
Não o vejo além dos vitrais
Um cacho de nuvens, e as fumaças
Que desencantam cristais

 

 

       *

Não se fez de rogada
Comeu a vida
Com tanta avidez
Saciou
Deixou um pouco
De saudade no prato
Chorou a água
Que bebeu naquele almoço
Escreveu no lenço
Um nome qualquer
Podia ser de um homem
Podia ser de mulher
Buscou dentro do ventre
Uma vontade de parir
Mas para isso
Precisava parar o mundo
Nem que seja para fazer amor
Levantou de vez de seu descanso
Abriu a janela
Na esperança que alguém
Com uma paixão guardada
Lhe oferecesse flores
E assim pudesse
Oferecer a cama
O abraço
O beijo
E assim
Pudesse prenhar-se de poesia

 

*

 

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